Descubra as 5 multas fiscais que mais pesam nas Empresas

Marina recebeu 3 multas no mesmo mês: R$ 8 mil por atraso na DCTF, R$ 12 mil por erro na EFD e R$ 15 mil por declaração fora do prazo. Ou seja, um total de R$ 35 mil que comprometeram todo o capital de giro da empresa dela. Esse é apenas um dos muitos casos reais em que multas fiscais transformam lucro em débito, sonho em dor de cabeça. Mas, temos uma boa notícia: cerca de 80% dessas penalidades poderiam ser evitadas com planejamento básico de somente 30 minutos por mês.

As 5 Multas Fiscais Mais Comuns

Primeiramente, vamos listar os cinco tipos de multa fiscal que mais causam prejuízo para pequenas e médias empresas, com valores típicos, causas e dicas práticas de prevenção.

1. Atraso em Obrigações Acessórias

O que é: Obrigações como DCTF, EFD Contribuições, SPED Fiscal, SPED Contábil, declarações que precisam ser entregues periodicamente, mesmo sem movimentação.
Multa típica: Varia bastante. Por exemplo, para DCTF, a multa é de 2% ao mês‑calendário ou fração, sobre o montante dos tributos informados, limitada a 20%. Há multa mínima de R$ 200 para pessoa jurídica inativa, R$ 500 para ativa.
Como evitar: Monte um calendário fiscal com todas as obrigações. Use alerta no calendário digital ou software contábil. Delegue responsabilidade clara de verificar vencimentos.

2. Erros na Apuração de Impostos

O que é: Cálculo errado de alíquotas de ICMS, PIS, COFINS, CSLL ou IRPJ / IRRF; não considerar deduções, créditos legais; interpretar mal a legislação estadual ou federal.
Multa típica: Pode ser 75% sobre o valor do imposto devido + juros, sobretudo em casos de omissão ou erro grave.
Como evitar: Faça revisão mensal com contador. Use software confiável. Sempre testar cenários e comparar apurações antigas. Documente tudo: suporte legal, notas fiscais, escrituração.

3. Desenquadramento do Simples Nacional

O que é: Ultrapassar o limite de faturamento previsto para o Simples sem comunicação ou permanecer no regime mesmo quando não poderia; não observar regras de atividades permitidas; mudança de faixas sem ajuste.
Multa típica: Pode haver exigência de diferença de impostos retroativa (isto é, impostos que deixaram de ser pagos ou foram pagos a menor), juros e correções. Valor pode alcançar os milhares dependendo do tempo de desenquadramento.
Como evitar: Monitorar faturamento mensal. Ter projeção anual. Verificar limites e restrições do Simples Nacional. Consultar contador quando se aproxima da faixa limite.

4. Problemas com Nota Fiscal

O que é: Emissão incorreta de nota fiscal (dados errados como CFOP, alíquota, base de cálculo), não emitir nota, emissão em nome errado, cancelar irregularmente ou deixar de emitir notas eletrônicas obrigatórias.
Multa típica: Pode haver multa fixa por documento incorreto ou multa percentual sobre valor da operação. Exemplos: alguns estados cobram algo como R$ 100 por documento + até 2% do valor da operação, dependendo da legislação local.
Como evitar: Treinar pessoal que emite nota fiscal. Validar antes de enviar. Ter checklist de dados obrigatórios. Auditar regularmente notas emitidas.

5. Declarações de Renda em Atraso

O que é: IRPJ, DIPJ, ou outras declarações de rendimentos (inclusive retenções) entregues fora do prazo; não declarar ou declarar com informações incompletas.
Multa típica: Varia: mínimo cerca de R$ 500 ou mais dependendo do imposto, podendo ser algo como até 20% do imposto devido, além de juros.
Como evitar: Marcar prazos em agenda fixo; avisos mensais; manter contabilidade organizada; preparar dados com antecedência.

O Que Fazer Se Já Caiu na Malha

Mas, e se a empresa já foi autuada por alguma dessas multas fiscais, ainda há caminho para minimizar o dano:

  1. Consulta ao Domicílio Tributário Eletrônico: verifique se houve notificação, prazo para defesa ou recurso.
  2. Parcelamento de débitos: verificar se há regime de parcelamento no Simples Nacional ou via Receita Federal para multa + juros + tributo. Assim, frequentemente, se consegue diluir o impacto em várias parcelas.
  3. Contestação ou retificação: se o erro for de preenchimento ou de cálculo que pode ser corrigido, faça retificação ou defensoria administrativa; documente tudo.
  4. Regularização imediata: entregue obrigações atrasadas, corrija EFD ou declarações, emita notas fiscais faltantes, e, por fim, ajuste regime tributário se necessário.
  5. Revisar processos internos: identifique culpados, melhore rotinas, use checklist mensal ou sistema de alerta para obrigações fiscais.

O impacto real das multas fiscais

  • Capital de giro comprometido: multas grandes no meio do mês desequilibram fluxo; a empresa pode atrasar fornecedores ou salários.
  • Custo financeiro alto: multas + juros + correção – somam montante maior do que parece inicialmente.
  • Bloqueios burocráticos: empresa inadimplente pode ter dificuldades de emitir certidões, participar de licitações, contratar crédito.
  • Reputação danificada: fornecedores, clientes ou parceiros veem risco, reduz confiança. Pode sair caro para reerguer.

Enfim, se você recebeu alguma dessas multas? Saiba que é possível reduzir ou eliminar a penalidade. Com 30 minutos mensais de revisão simples, você pode evitar 80% dos casos que geram essas multas fiscais e proteger sua empresa

Gostou deste Post? Compartilhe!